quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Classe Média

No post anterior foi levantado o olhar para as classes sociais, agora trago a discussão sobre o que encontramos, de uma forma entre a favela de Paraisópolis e os luxuosos prédios do bairro do Morumbi: a classe média. E para tanto trago um video de Max Gonzaga.







Sou classe média
Papagaio de todo telejornal
Eu acredito
Na imparcialidade da revista semanal
Sou classe média
Compro roupa e gasolina no cartão
Odeio “coletivos”
E vou de carro que comprei a prestação
Só pago impostos
Estou sempre no limite do meu cheque especial
Eu viajo pouco, no máximo um pacote cvc tri-anual
Mais eu “to nem ai”
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não “to nem aqui”
Se morre gente ou tem enchente em itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Mas fico indignado com estado quando sou incomodado
Pelo pedinte esfomeado que me estende a mão
O pára-brisa ensaboado
É camelo, biju com bala
E as peripécias do artista malabarista do farol
Mas se o assalto é em moema
O assassinato é no “jardins”
A filha do executivo é estuprada até o fim
Ai a mídia manifesta a sua opinião regressa
De implantar pena de morte, ou reduzir a idade penal
E eu que sou bem informado concordo e faço passeata
Enquanto aumenta a audiência e a tiragem do jornal
Porque eu não “to nem ai”
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não “to nem aqui”
Se morre gente ou tem enchente em itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Toda tragédia só me importa quando bate em minha porta
Porque é mais fácil condenar quem já cumpre pena de vida

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O contraste paulistano

Fonte: Nilton Fukada



Diante da foto de Nilton Fukuda temos o claro olhar para os extremos das classes social. Separados por apenas um muro, Paraisópolis e Morumbi trazem a maior concepção do Capitalismo: é necessário que exista uma imensa massa de pobres para que a alta sociedade se destaque.
Porém a visibilidade da parte inferior nos traz um sensação de movimento; janelas, roupas estendidas, pessoas nas ruas, cores... são elementos que nos trazem a clareza que ali existem vidas.

Na parte superior da imagem vemos apenas aranhaceus, sem cores, sem vidas, possivelmente envolvidos por enormes muros, isolando uma pequena população num "mundo" idealizado, numa "sociedade privada".
No crescimento da humanidade podemos observar que há aqueles que VIVEM e aqueles que SOBREVIVEM...



Autora: Laís Souza