sexta-feira, 19 de novembro de 2010

"O mundo global visto do lado de cá" - Uma reflexão

Assistindo ao documentário "O mundo global visto do lado de cá" de Milton Santos; paramos para analisar e refletir tudo que passamos, vivemos e diante do que iremos viver. Descobrimos a globalização visto do lado de cá, é impressionante como tudo de repente passa diante de nossos olhos e nada vemos ou fazemos.
A colonização acabou com o verdadeiro Brasil. Ainda hoje é assim, o que estamos fazendo com nossos índios, onde eles estão?
O capitalismo consome nosso país, invede nossos lares e nós "pobres mortais" reproduzimos o sistema do qual somos vítimas. Temos nossos carros, nossa casa está cheia de produtos de ultima geração, nosso guarda roupa está cheio de roupas, nossa geladeira está cheia de comida e a nossa vida vai sossegada ... a que custo temos tudo isso??? Eu como, você come e quantos morrem de fome? Dentro deste país imenso, quantos tem direito a dignidade?
Não preciso ir muito longe pra ver, da janela da minha casa consigo ver essa desigualdade.


Acervo Pessoal - Fernanda

Essas imagens é o que vejo todo dia, talvez das outras vezes passou despercebida. Mas após o documentário vejo com outros olhos.
Essas casas estão abaixo de um aterro sanitário (lixão), muitas famílias vivem neste local, quando chove o lixo desce. Não sei quantas famílias vivem ai, vejo que eles tem criação de porcos, cavalos, galinhas. Talvez sobrevivam da catação de materiais recolhidos no lixão e vendidos para reciclagem.
A exploração da mão de obra limita-os a viverem nesta situação, a falta de oportunidade e a desigualdade deu lhes essa única opção de moradia.
Talvez a possibilidade de mudanças traga-lhes esperança. Mas nesta sociedade que se acomoda diante dos acontecimentos, quando faremos história? Quando países como o nosso se erguerão diantes das grandes potências e dirão: "-Ei estamos aqui, nós existimos e queremos o direito a dignidade!".
As grande potências estão longe, mas nossos irmãos estão aqui, às vezes, bem perto, o que faremos pra ajudar? Esmolas não bastam, piedade não resolve, o que resolverá?
Acervo Pessoal - Fernanda
"ESPERANÇA". E nós, futuros educadores, podemos plantar uma sementinha em cada criança que passar por nossas mãos, tornando-os seres humanos criticos e conscientes.
Podemos até parecermos pretensiosas, mas, enquanto houver esperança, haverá uma chance de mudanças. Milton Santos tinha esperança de ver uma nova globalização e para finalizar deixaremos uma frase de Paulo Freire que também lutou por uma sociedade mais justa e digna:
"A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda".
(fonte:www.fraseseproverbios.com)
Autoras: Ana Carolina Magro, Carla Egami, Laís Souza, Ligia Cazetta e Fernanda Mendes.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Palavra Cantada

(fonte: www.hsbcbrasil.com.br/shows_detalhes.asp?ID=132)


Em São Paulo há muitas palavras,
e a palavra que aqui quero deixar,
é a Palavra Cantada.
Palavra embalada num canto qualquer desse chão.

Um dia por esta São Paulo,
o sol, finalmente, depois de um inverno
longo e frio,
brilhava alegre no céu,
resolvi pegar minha bicicleta e pedalar,
quando pedalo, pedalo,
eu quase não falo,
o silêncio é o começo do papo.

Começo a olhar o céu,
lá, lá, lá, lá vai borboleta!
Natureza é vida,
vida que há em nós,
que há em nossos pais e nossos avós.

Pedalei mais um pouco
e a beira do lago do Ibirapuera,
resolvi descansar.
Se a água é do mar,
a lua é que atrai,
na onda vai e vem,
no rio ela só vai
e quando chega em mim
me sinto muito bem,
eu quase viro peixe
e vou nadar também.

Mas logo paro de sonhar,
volto a realidade da minha cidade,
cidade onde todos os adultos lutam
pra vencer e ter acesso ao mundo
e eu queria ao menos aqui ver,
que criança não trabalha,
criança dá trabalho.
E chegaram as criancinhas
dos reinos para brincar.

Ai me recordei que
no entanto falta,
ter um sujeito
pra ter afeto.

Afeto por todos e para todos,
porque,
no passado e no presente
a fome é descontente.

E nessa vida tem:
brincadeira, choradeira
pra quem vive uma vida inteira.
Mentirinha, falsidade
pra quem vive só pela metade.

A lua chegou lá no céu
e o meu passeio chegou ao fim.
Não me leve ao pé da letra,
essa história não tem pé nem cabeça,
e assim aconteceu o que eu
acabei de contar,
se gostaram muito bem,
se não gostaram ... azar!!!!!

(texto feito com trechos das músicas do grupo Palavra Cantada)

Autora: Fernanda Mendes