terça-feira, 19 de outubro de 2010

Realeza e Pobreza lado a lado





A foto acima, mais uma vez, retrata a precária realidade da população de Paraisópolis. Como podemos observar na foto, a desigualdade social esta visivelmente presente na vida desse povo.
Em um mundo que gira em torno do capitalismo é evidente a presença de duas realidades tanto financeira, quanto condições de vida em geral. A diferença gritante entre essas duas classes parece estar se tornando algo comum, aonde conviver com moradores de rua, na rotina do dia a dia parece ser o mesmo que passar por uma praça ou um monumento que se encontra sempre presente. Além de moradores de rua, as moradias pobres, também conhecidas como favelas, parecem já fazer parte do mapa das cidades, talvez a ideologia do capitalismo presente através dos anos, fez com que a sociedade considere normal que para que uns se tornem mais ricos, outros devem tornar-se mais pobres, e é através dessa balança de fatores que o mundo de hoje é movido.

São Paulo é a cidade mais populosa do Brasil, sendo o principal centro financeiro, mercantil e corporativo da América Latina. É considerada a 14ª cidade mais globalizada do planeta por parte do Globalization and World Cities Study Group & Network (GaWC). Porém por detrás de todos esses méritos, São Paulo é um local onde visivelmente encontramos alto nível de desigualdade social, isso nos faz pensar que como tendo tais qualificações, a cidade pode aceitar o tipo de diferença observado na foto acima, onde duas realidades tão distintas convivem tão próximas? No sistema capitalista, a porcentagem de pessoas que possuem uma boa condição financeira é muito baixa, quando comparada com a classe menos favorecida economicamente; isso resulta em níveis alarmantes de desigualdade de rendas. À desigualdade gera diferenças, gera falta de oportunidade, gera condições em que sem escolha, pessoas passem a morar em favelas, entrem para a vida da criminalidade, já que essa população desfavorecida não consegue viver ou até mesmo usufruir das mesmas coisas que uma classe economicamente favorecida possuiu.


A parcela da sociedade que é marginalizada, por não possuir boas condições de moradia, emprego, educação e saúde, é quem está mais relacionada com a violência e a criminalidade, já que a própria marginalização ou a diferença é um fator que por si só é gerador de violência, insatisfação e tentativa de mudar sua própria realidade.

Aceitar a desigualdade e considera-la como uma peça do quebra-cabeça que compõe a sociedade atual, é de certa forma continuar a influenciar a violência e as diferenças entre pessoas que são consideradas menos importantes ou privilegiadas apenas por não possuírem status financeiro, devemos primeiramente tornar comum na consciência da população, a igualdade entre as pessoas e aprender que todos são iguais perante qualquer coisa, somente a igualdade social é geradora da melhoria econômica, educacional, política e sociais para um país ou cidade que deseja ter o status de globalizada.

Autora: Ana Carolina Magro

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